28 de outubro de 2014

Agrotóxicos e seus efeitos

  • Impactos ambientais
De maneira geral, os pesticidas são tóxicos, independentemente de qual composto é usado, sendo uns menos, e outros mais danosos à saúde humana e ao meio ambiente.
Um dos problemas mais comuns é a contaminação do solo, de lençóis freáticos e de rios e lagos. Quando o agrotóxico é utilizado, ele chega ao solo e a chuva, ou o próprio sistema de irrigação da plantação, facilita a chegada dos pesticidas aos corpos de água, poluindo-os e intoxicando toda vida lá presente.
Um bom exemplo de como esse tipo de produto tóxico funciona pode ser observado em inseticidas, como os organoclorados e organofosforados. Ambos são bioacumulativos, o que significa que o composto permanece no corpo do inseto ou de um peixe após sua morte. Se algum outro animal se alimentar de um ser contaminado, também ficará intoxicado, e assim sucessivamente, aumentando o alcance do problema.
O uso de pesticidas, inclusive, contribui com o empobrecimento do solo. Estudos mostram que a utilização de pesticidas reduz a eficiência da fixação de nitrogênio realizada por micro-organismos, o que faz com que o uso de fertilizantes seja cada vez mais necessário.
Os pesticidas também favorecem o surgimento de pragas progressivamente mais fortes, através de um processo de “seleção natural”, em que os animais mais resistentes aos agrotóxicos tomam o lugar das espécies mais suscetíveis. Esse processo também acaba garantindo a manutenção da produção de agrotóxicos.
Outros problemas que já foram percebidos por estudos são a diminuição do número de abelhas polinizadoras e a destruição do habitat de pássaros em ambientes onde pesticidas são utilizados.
  • Saúde humana
A saúde humana é afetada pelos agrotóxicos de três maneiras: durante sua fabricação, no momento da aplicação e ao consumir um produto contaminado. Independentemente da forma de contato, os efeitos são extremamente perigosos.
Problemas neurológicos, como o Mal de Alzheimer, estão associados à exposição a inseticidas organofosforados, assim como o desenvolvimento de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade em crianças. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) considera esse composto como possível carcinogênico.
A EPA afirma que o efeito do pesticida depende do principio ativo nele presente. Os sintomas podem variar, desde irritação da pele, até problemas hormonais e o desenvolvimento de câncer.
Em 2007, pesquisadores descobriram, depois de realizarem um levantamento, que a maioria dos estudos revela a associação entre a exposição a agrotóxicos e o desenvolvimento de linfoma não-Hodgkin e leucemia.
Para as grávidas, o risco é dobrado. Pesquisadores apontam para as fortes evidências que ligam o contato com pesticidas a problemas durante a gestação, como a morte de fetos, defeitos de nascença, problemas de desenvolvimento neurológico, diminuição do tempo de gestação e pouco peso do bebê.
Estudos estimam que aproximadamente 25 milhões de trabalhadores agrícolas de países pobres sofram com algum tipo de intoxicação causada por exposição a agrotóxicos. Há diversas situações comprovadas como no caso de que duas grandes empresas multinacionais que firmaram acordo em 2013 para indenização da ordem de R$ 200 milhões envolvendo cerca de mil trabalhadores contaminados por substâncias cancerígenas, entre 1974 e 2002, numa fábrica de pesticidas em Paulínia, no interior de São Paulo.


27 de outubro de 2014

Benefícios da Alimentação Orgânica


O que alguns nutrientes encontrados em maior nível em alimentos orgânicos têm a nos oferecer? Como vimos, o alimento orgânico apresenta níveis superiores de cálcio em 63%; ferro em 73%; magnésio em 118%; molibdênio em 178%;  fósforo em 91%; potássio em 125% e zinco em 60%. Mas o que isso significa?

  • O cálcio possui funções importantes como atuar na formação estrutural dos ossos e dos dentes, além disso, ele atua juntamente com a vitamina K, nos sistema circulatório, auxiliando na coagulação do sangue. O cálcio também possui grande importância no estabelecimento do equilíbrio juntamente com o fósforo, ele age influenciando na ação do lab-fermento e coordena as ações do sódio e do potássio, na contração muscular do coração.
  • O ferro é um componente vital da hemoglobina, o pigmento vermelho do sangue que transporta oxigênio para as células e retira delas o dióxido de carbono, participando assim da produção e liberação de energia no corpo. Ele atua também na síntese de importantes moléculas orgânicas. Ele é essencial no processo de crescimento e desenvolvimento do organismo. Por isso, a manutenção das taxas normais de Ferro é fundamental para a sobrevivência e para o perfeito funcionamento do organismo humano.
  • O magnésio é um mineral essencial para o crescimento e desenvolvimento ósseo, utilizado na síntese de proteínas, no transporte de energia, contribui para o funcionamento de algumas enzimas essenciais (todas as que necessitam de vitamina B1), para o equilíbrio do cálcio, potássio e sódio, ajuda ao bom funcionamento celular, necessário para a atividade hormonal e em mais de 300 reações químicas que ocorrem diariamente no organismo.
  • O molibdênio é um mineral que se faz presente em pequenas quantidades no organismo humano, é importante a presença desse nutriente porque ele participa de reações como cofator de enzimas. Por exemplo, é necessária a presença de molibdênio para oxidar o enxofre que é um componente de proteínas.
  • O fósforo é outro elemento químico muito importante em nosso organismo: nossas células podem armazenar ou mesmo transportar energia na forma de um composto de fósforo (no caso a adenosina trifosfato – ATP). O fósforo possui também importante papel na constituição da membrana celular, uma vez que participa da composição dos fosfolipídios. O fósforo participa também da formação dos ossos e dentes (onde se encontra a maior parte do fósforo em nosso corpo, combinado com o cálcio lá presente), bem como das contrações musculares.
  • O potássio tem um papel importante para o relaxamento muscular, para a secreção de insulina através do pâncreas e para conservação do equilíbrio ácido/base. Em caso de carências, a falta de potássio pode causar problemas de ritmo cardíaco e debilidade muscular.
  • O zinco atua na síntese das proteínas, melhora a imunidade, o olfato, o paladar e atua junto com o cobre no papel antioxidante e nas cicatrizações. A carência de zinco abre espaço para infecções. Mais de 70 enzimas necessitam do zinco para seu funcionamento, em especial as do sistema imunológico. O zinco atua também no metabolismo dos carboidratos.



24 de outubro de 2014

É possível ter uma agricultura orgânica em casa?



Como vocês já devem saber, um dos objetivos do nosso projeto é obter a resposta sobre essa questão! Desde que começamos a pesquisar sobre o assunto, a resposta dessa pergunta foi o foco da nossa pesquisa, afinal, é possível ter uma agricultura orgânica em casa?
A melhor forma de obtermos a resposta dessa pergunta é colocando a mão na massa, então, desde o começo do trabalho propusemos a cada integrante cultivar sua própria horta, de modo que tenhamos conhecimento de causa do assunto.
Então, eis a conclusão que chegamos: “É possível ter um cultivo em casa o mais orgânico possível”, afinal, tem alguns fatores que interferem pra uma resposta 100% positiva, são eles:

  • Ao se adquirir a terra, é difícil saber se foi usado algum tipo de composto químico para aumentar sua fertilidade ou não. O que alguns de nós fizemos foi pegar a terra em hortas de amigos e conhecidos que não usam da adubação química, para garantir a naturalidade nessa fase do processo;
  • Na adubação orgânica, usa-se muito, casca de alimentos e borro de café, e como a maioria dos produtos no mercado não são orgânicos, essa adubação não é 100% natural como deveria ser;
  • Pra plantar, é difícil saber se a semente é orgânica ou não, ao retirar a semente de alimentos que compramos dificilmente esse alimento será orgânico;
  • As mudas seguem a mesma linha de raciocínio, a menos que sejam retiradas de hortas já orgânicas, não é possível garantir que não tem resíduos químicos nelas;
  • Quanto ao crescimento das plantas, é possível sim manter o desenvolvimento do alimento dentro dos parâmetros organicamente corretos, afinal, não usamos nenhum tipo de fertilizante e agrotóxico químico e as plantas estão brotando. O crescimento é mais lento, mas a recompensa é que teremos um alimento mais saudável em nossas mesas.





23 de outubro de 2014

Vídeo Projeto + Alguns outros posts






Gente, esse é o vídeo final do nosso projeto "Movimento sem-Horta". Um agradecimento especial aos pais Edson de Moraes Furtado e Paulo Cezar Justino pela colaboração e apoio ao nosso projeto!
Bom, é isso aí, esperem que gostem. Curtam o vídeo no youtube, comentem, façam críticas, enfim, ajudem a divulgar a ideia.
Uma vida mais saudável pode estar ao alcance de todos nós! 
Dando continuidade ao assunto desse post, nos próximos dias ainda terão algumas publicações aqui no blog, devido às provas, falta de tempo e imprevistos gerais ficaram faltando alguns assuntos, então continuem acessando.


22 de outubro de 2014

#HortaemCasa - Paulo Henrique


Essa horta é cultivada há mais de 15 anos e sempre tivemos a preocupação de que fosse uma horta orgânica. Numa horta com tanto tempo de cultivo, a terra vai perdendo seus nutrientes, portanto, sempre que é necessário temos que trocar a terra “velha” por uma com mais nutrientes e adubar a terra com adubo orgânico pelo menos uma vez ao ano.
Para o adubo, costumo usar capim seco, pois mantém a terra sempre úmida e se exposta ao sol, somente o capim resseca, deixando a terra sempre úmida e garantindo que a sua horta só precise de água uma vez por semana em horários em que o sol não está tão forte.
A horta tem vários cultivos diferentes, e na medida em que vão crescendo, é necessário plantar outras mudas, lembrando que sempre que fizer isso tem que adubar a terra. As mudas da nova plantação podem ser tiradas da própria planta “velha”, o que gera uma economia.





#HortaemCasa - Igor




Para começar minha horta em casa, também optei por fazer o cultivo em vasos, afinal, é mais fácil sua manutenção e ocupa um menor espaço.
Atrás da minha casa tem um lote, onde não é usado nenhum tipo de adubação química e agrotóxicos, sabendo disso, peguei um pouco de terra de lá mesmo. 
Antes de plantar, peguei esterco animal e misturei à terra pra aumentar sua fertilidade.
Consegui algumas mudas de cebolinha nesse mesmo lote e plantei no vaso com a terra já tratada. Por ser um cultivo menor, é bom aguar as cebolinhas com uma frequência de 2 a 3 vezes por semana e não deixá-las expostas ao sol.








21 de outubro de 2014

#HortaemCasa - Thaís


Oi Gente!

Sou mais uma que não tinha ideia de como fazer uma horta em casa, ainda mais sendo uma horta o mais orgânica possível. Pra começar, pensei em algum alimento que eu gosto, e a escolha não foi difícil, resolvi plantar tomatinhos!
O tomate que eu escolhi é um tomate pequenininho e redondo, que tem um sabor mais doce. Pra obter a semente, parti quatro tomates que comprei ao meio e deixei exposto ao sol pra poder secar. Esse processo levou em média uma semana.
Enquanto o tomate secava, preparei a terra que ia recebê-lo: peguei um vaso quadrado, coloquei um saco plástico no fundo e por cima um pouco de brita, como vimos, esse processo simples serve pra reter a água e diminuir a frequência em que é necessário aguar as plantas. O único porém desse processo pra mim, foi que o vaso já estava furado, e precisei aguar o tomate mais vezes.
Após o processo de retenção de água, coloquei a terra que já estava misturada com casca de ovo e borro de café e deixei a terra “descansando” por uma semana, simultaneamente com a secagem do tomate.
Passado uma semana, peguei os tomates secos, separei as sementes e plantei. O tomate cresce melhor com maior incidência de luz, por isso , os deixei no sol. Em questão de uma semana começa a brotar, daí só dar continuidade ao processo.
Parece trabalhoso né? Mas não, é simples! Faça sua horta você também e tome cuidado com as formigas. Hahaha!






20 de outubro de 2014

Agricultura Biodinâmica x Agricultura Orgânica



A Agricultura Biodinâmica é um modelo agrícola de produção, que nasceu em 1924, através de um ciclo de oito palestras proferidas por Rudolf Steiner, criador da Antroposofia.
Assim como na Agricultura Orgânica, a Agricultura Biodinâmica não utiliza adubos químicos, venenos, herbicidas, sementes transgênicas, antibióticos ou hormônios.
A diferença, é que, além disto, ela busca a individualidade agrícola, procurando a integração e harmonia entre as várias atividades de uma propriedade como horta, pomar, campo de cereais, criação animal e florestas nativas.
Trabalha também com o conhecimento do ciclo cósmico, pois para os agricultores biodinâmicos, o reino vegetal não se emancipou das forças cósmicas, sendo um reflexo do que se passa no Cosmo.
Para intensificar as relações e forças terrestres e cósmicas que agem nas plantas, a Biodinâmica usa preparados homeopáticos feitos de minerais, esterco bovino e plantas medicinais, promovendo assim, a vitalidade nos alimentos.
Os agricultores usam o Calendário Astronômico Agrícola como uma importante ferramenta de orientação para os melhores momentos de se trabalhar a terra: plantio, tratos culturais, colheita, etc., eles buscam a cura da terra, a produção de alimentos com a verdadeira vitalidade, o respeito ao meio ambiente, ao agricultor com suas tradições e ao consumidor.

  • Para reconhecer um produto biodinâmico é só procurar a marca DEMETER no rótulo do produto. Demeter é a marca mundial dos alimentos provenientes da Agricultura Biodinâmica. Os produtos Demeter são alimentos de alto valor biológico e nutricional, cultivados e processados seguindo novos parâmetros culturais, espirituais, sociais e econômicos.




  • Por que não encontramos a mesma variedade de produtos durante todo o ano, como na agricultura convencional? A Agricultura Biodinâmica respeita a capacidade do sistema de produção, o ciclo de vida das plantas, e a sua relação com a natureza. Por isso, os produtos são sazonais, mas de alto valor biológico, nutricional e vital.


  • Por que devemos consumir alimentos biodinâmicos? Segundo Steiner, criador da agricultura biodinâmica, “a única coisa que torna viável a vida física na Terra, é sem dúvida, a agricultura”. E que, “é a agricultura, a atividade que mais foi afetada pela vida espiritual moderna”. Com isto, as pessoas passaram a se alimentar de forma incorreta. Os alimentos já não continham mais o que “realmente” os animais e seres humanos necessitavam para seu desenvolvimento pleno.




19 de outubro de 2014

Vantagens e Desvantagens da Agricultura Orgânica

Muito se fala a respeito das vantagens e desvantagens da agricultura orgânica. Este tipo de produção que não utiliza agrotóxicos nem fertilizantes químicos vem ganhando espaço entre os consumidores, que tem em vista uma alimentação mais saudável.
Hoje em dia, nas prateleiras é possível encontrar uma grande variedade de verduras, legumes, frutas, óleos e até cervejas e vinhos orgânicos, sem adição de produtos químicos. Estudos comprovam que os alimentos orgânicos são mais saborosos e nutritivos. Apresentam em média: 63% a mais de cálcio, 73% a mais de ferro, 118% a mais de magnésio, 178% a mais de molibdênio, 91% a mais de fósforo, 125% a mais de potássio e 60% a mais de zinco.
Nesse tipo de produção, por exemplo, utilizam-se apenas sistemas naturais para combater pragas e fertilizar o solo. Um exemplo é o controle biológico, técnica que utiliza meios naturais para diminuir a população de organismos ofensivos, e o uso do húmus e estercos animais, que aumentam a fertilidade do solo. Além disso, é empregada tecnologias para análise do solo, clima e água.
Além de não prejudicar o meio ambiente, a agricultura orgânica traz como vantagens o equilíbrio microbiológico do solo, sem degradar a biodiversidade, já que utiliza a rotação de culturas, adubação verde e a compostagem, que ajudam a impedir o desaparecimento de muitas espécies.
Por outro lado, tanto o consumo quanto a oferta desses produtos em muitos locais não é tão grande por causa dos altos preços, em média de 10% a 40%, se comparados aos convencionais. O motivo dessa diferença é que estes alimentos são produzidos em menor escala, levam mais tempo para serem colhidos e necessitam de mais mão-de-obra.
Outra desvantagem consiste no fato de que agricultura orgânica necessita de uma área maior para o cultivo e muitos produtos apresentam uma qualidade inferior no que diz respeito à sua aparência, como brilho, tamanho e cor.
Ainda não existem evidências científicas de que o alimento orgânico seja 100% mais seguro e livre de fertilizantes, porém um estudo indica que a probabilidade de conter resíduos de pesticidas é menor em relação ao alimento convencional. De todas as amostras analisadas, 13% dos alimentos orgânicos apresentavam traços de resíduos de pesticidas, enquanto 71% dos alimentos convencionais apresentavam essa característica.

Apesar de ser mais caro que o alimento convencional, o custo benefício do alimento orgânico é imensamente maior, não somente à saúde, mas também ao meio ambiente. O plantio orgânico promove a sustentabilidade, melhora a biodiversidade local, minimiza o efeito estufa e o aquecimento global e reduz a poluição de água e do solo.


18 de outubro de 2014

#HortaemCasa - Érika #FAIL

Oi gente!
No post de hoje venho contar a minha experiência com a agricultura orgânica para vocês!
Na minha casa já possui uma horta a qual eu e meus pais plantamos bem o básico, como alguns temperos, alface, tomate... e por aí vai.
Com o intuito de aumentar a nossa hortinha plantei algumas sementes de pimenta em um pequeno vaso para que depois pudesse passar a muda para a nossa horta!
Como queria que fosse tudo o mais natural possível, plantei com a terra daqui de casa mesmo, e peguei as sementes da própria pimenta (deixei-as secar por uns dias para que pudesse plantar) aguava todo o dia direitinho, até que acontece o pior, as formigas atacam o vasinho fazendo um formigueiro nele!! Dá pra acreditar?
Pois é não deu outra, a pimenta morreu! :(
É claro que isso é totalmente normal, já que em uma agricultura orgânica não se pode usar agrotóxicos.
Agora é começar tudo de novo! E aproveitar o "acidente” para procurar formas naturais de cuidar das plantas e contar pra vocês!




14 de outubro de 2014

Legislação Orgânica

  
A legislação brasileira prevê três diferentes maneiras de garantir a qualidade orgânica dos seus produtos: a Certificação, os Sistemas Participativos de Garantia e o Controle Social para a Venda Direta sem Certificação.
Os chamados Sistemas Participativos de Garantia, junto com a certificação, compõem o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica – SisOrg.
O Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica – SisOrg é gerido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa e é integrado por órgãos e entidades da administração pública federal e pelos Organismos de Avaliação da Conformidade, entendidos por Certificação por Auditoria e Sistemas Participativos de Garantia, credenciados pelo Mapa. Os Estados e o Distrito Federal poderão integrar o SisOrg mediante convênios específicos firmados com o Mapa.
Para o seu bom funcionamento, os Sistemas Participativos de Garantia (SPG) caracterizam-se pelo Controle Social e a Responsabilidade Solidária, o que possibilita a geração da credibilidade adequada a diferentes realidades sociais, culturais, políticas, institucionais, organizacionais e econômicas.
Para se formar um SPG, devem ser reunidos produtores e outras pessoas interessadas para assim organizar a sua estrutura básica, que é composta pelos Membros do Sistema e pelo Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade – OPAC, os OPACs correspondem às certificadoras no Sistema de Certificação por Auditoria.
            São eles que avaliam, verificam e atestam que produtos ou estabelecimentos produtores ou comerciais atendem as exigências do regulamento da produção orgânica. Para os OPACs atuarem legalmente, eles precisam estar credenciados no Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Na verdade, a OPAC é a pessoa jurídica que assume a responsabilidade formal pelo conjunto de atividades desenvolvidas num SPG, com diversas atribuições.
Entre elas, assumir a responsabilidade legal pela avaliação se a produção está seguindo os regulamentos e normas técnicas na produção orgânica.
A partir do momento em que está credenciado, o OPAC pode autorizar os fornecedores por ele controlados a utilizar o Selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica.

O Selo SisOrg


O objetivo desse selo é facilitar ao consumidor identificar os produtos orgânicos que estão em conformidade com os regulamentos e normas técnicas da produção orgânica.
Após o credenciamento, o OPAC passa a ser responsável por lançar e manter atualizados todos os dados das unidades de produção que controla. Ele terá que fazer essas atualizações no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos e no Cadastro Nacional de Atividades Produtivas, pois essas informações devem estar disponíveis para toda a sociedade.
Embora é necessário a regulamentação do produto orgânico, produtores rurais podem revender seus produtos de forma direta e sem o selo.

Selo SisOrg

13 de outubro de 2014

#HortaemCasa - Fernanda


Como muito de vocês, eu não tinha uma horta. A ideia do nosso trabalho surgiu quando vimos que a maioria do nosso grupo também não tinha e alguns nem tinham interesse em ter. Então quando escolhemos esse tema, nos comprometemos a cada um iniciar o projeto de uma agricultura orgânica em casa.
Hoje venho falar como comecei a minha. Eu não tinha a menor ideia de como começar. Mas tive ajuda, uma grande amiga tem horta há anos e resolveu me ajudar com o primeiro passo e também o mais importante: a preparação da terra!
Começamos colocando brita no fundo do vaso, sem furá-lo, e por cima da brita colocamos uma sacola plástica. Dessa forma, o cultivo em casa fica mais simples pra quem tem uma vida corrida, pois a água fica retida e não é preciso molhar todos os dias, desde que o vaso não fique no sol.
A terra é colocada por cima do plástico e pode ser misturada com tudo de orgânico que se possa encontrar, na minha, por exemplo, teve uma mistura de casca de ovos, casca de batatas, borro de café (o resto do pó de café que sobra no filtro depois que passamos o café), de preferência que tudo realmente seja orgânico, mas isso é bem difícil de fazer.
Depois de tudo junto e misturado, é necessário que a terra absorva todos os nutrientes que estão sendo oferecidos a ela. Para isso, o tempo de uma semana é suficiente.Lembrando sempre de molhar a terra e misturá-la, para manter sua homogeneização, e para que os nutrientes fiquem totalmente espalhados pela terra.

     Depois é somente plantar suas mudas e sementes, espero que tenha ajudado.

Venha fazer parte do Movimento Sem Horta!








11 de outubro de 2014

Horta em Apartamento


Manter uma horta em casa e ter facilmente à mão hortaliças e temperos frescos pode deixar as suas receitas muito mais saborosas. E mesmo quem mora em apartamento tem a possibilidade de garantir essa praticidade na hora de cozinhar. Com as hortas verticais, o problema da falta de espaço pode ser deixado de lado, e a decoração da casa fica ainda mais apetitosa.
Para isso, há várias maneiras de cultivar sua horta, mas todas seguem o princípio de se cultivar em vasos.
Veja um passo a passo para o cultivo de ervas e hortaliças em vasos:

  • Escolha o tipo de vaso: Se for de cerâmica ou de cimento, será necessário impermeabilizar com piche e deixar secar por alguns dias;
  • Cuidados com a drenagem: Para permitir a drenagem, coloque no fundo do recipiente, materiais como pedaços de tijolos, telhas ou brita. Em cima de tudo, ponha uma camada de areia;
  • Prepare a terra: Coloque uma mistura de substrato preparado ou comercial, que é facilmente encontrado em lojas. Para fazer em casa esse substrato, misture cinco partes de um composto orgânico – que também pode ser húmus de minhoca – uma parte de adubo animal curtido (esterco) e uma parte de areia;
  • Faça a semeadura ou transplante as mudas, logo depois, irrigue os vasos.

Confira algumas plantas com raízes curtas, ideais para vasos:

- cebolinha
- salsa
- coentro
- alface
- pimentão
- tomate-cereja
- morango
- couve-folha
- rúcula
- alecrim
- sálvia
- orégano
- manjericão
- calêndula 


Caso o espaço disponível no seu apartamento receba pouca luz (somente três ou quatro horas, por exemplo), você também pode plantar algumas espécies, mas elas crescerão com menos qualidade. Confira algumas opções:

- hortelã
- capuchinha
- tomilho
- salsa
- cebolinha

Veja algumas idéias de como cultivar sua horta no seu apartamento:






10 de outubro de 2014

#HortaemCasa - Juciely



Um grande mito da nossa sociedade é: “Plantar em apartamento não dá certo!”
Porém hoje temos a prova concreta de que isso é uma mentira, plantar em apartamento, nem que seja apenas condimentos é POSSÍVEL sim.
Passos para o plantio:

1° Preparação da terra - essa é a parte mais essencial de todo o processo, a terra que utilizamos continha alguns adubos orgânicos como borra de café e casca de ovo;


2° Preparação do recipiente no qual será feito o plantio - neste ponto é importante lembrar que em apartamento não temos muito espaço por isso algumas adequações precisam ser feitas. No nosso caso o fundo da vasilha foi coberto por britas, sobre as britas colocamos um saco plástico e só depois colocamos a terra. O uso destes métodos faz com que a água na qual regamos as plantas não escorra pelo chão, e sim fique retida pelo saco plástico, afinal a intenção da agricultura orgânica é melhorar seu modo de vida e não piorá-lo;




3° Depois de colocar a terra no recipiente definitivo cuidamos dela por uma semana, e então a terra está pronta para o plantio;


4° Plantio







6 de outubro de 2014

Custo da Agricultura Orgânica

Por que a agricultura orgânica tem alto custo financeiro?


A ideia de fazer uma agricultura sem produtos químicos e coisas do gênero soa muito bem. O fato de ser mais saudável também chama muita atenção. Porém a agricultura orgânica possui um custo financeiro alto, segundo o site da Food and Agriculture Organization das Nações Unidas (ONU), isto ocorre, no mundo inteiro, porque:

  • O fornecimento da comida orgânica é limitado se comparado à sua demanda;
  • Os custos da produção dos alimentos orgânicos, normalmente, são maiores devido ao grande trabalho exigido e ao fato de que os fazendeiros não produzem o bastante, de um único produto, para baixar seu custo de forma abrangente;
  • O manuseio do período pós-colheita de quantidades relativamente pequenas resulta em altos custos;


A FAO também observa que os preços da comida orgânica incluem não só o custo da produção, mas também uma escala de outros fatores que não existem no preço da comida produzida em larga escala e com compostos químicos, como:

  •  Melhoria e proteção ambiental e o fato de evitar futuras despesas com o controle da poluição;
  •  Padrões melhores de bem-estar dos animais; 
  •  Prevenção de riscos contra a saúde dos fazendeiros devido ao manuseio inadequado de pesticidas, evitando futuras despesas médicas;
  • Desenvolvimento rural, gerando mais empregos nas fazendas e garantindo um rendimento justo e suficiente para os produtores.


 A FAO acredita que, conforme a demanda da comida e produtos orgânicos crescer, inovações tecnológicas e economia de escala reduzirão os custos da produção, processamento, distribuição e comercialização dos produtos orgânicos.
A discussão sobre preço leva a outra pergunta: seria possível alimentar o mundo somente com alimentos orgânicos?
Além do preço mais alto, há outra crítica à comida orgânica: a de que não é possível atender à fome do mundo somente com esse tipo de produção.
Os níveis de produtividade alcançados, que são mais baixos do que os da agricultura convencional, não dariam conta de resolver o problema da fome no mundo. Então, infelizmente não dá para prescindir dos agroquímicos. O que se costuma dizer é que é melhor morrer intoxicado do que de fome. Nem uma coisa, nem outra.
No livro “A Reconstrução Ecológica da Agricultura”, Carlos Armênio Khatounian, tenta clarear o debate, avaliando que nem a agricultura orgânica, nem a convencional têm, hoje, condições de suprir uma população humana crescente, visto que:
1. A agricultura baseada nos insumos industriais das grandes corporações está destruindo a base natural da produção - produtividades elevadas, mas fugazes, a abundância imediata do presente, às custas do futuro.
2. A agricultura ecológica é ainda uma proposta que, apesar de seus grandes avanços, apenas engatinha. Representa um esforço de reconstrução em outras bases, preservando os recursos naturais de que a humanidade necessita para produzir alimentos. Ela representa o melhor que até o momento se alcançou na busca da sustentabilidade.
A busca de sustentabilidade continua, considera Khatounian, e a humanidade pode equacionar esses problemas conquanto difíceis sejam e colocá-los num cronograma de mudanças, desde que assim o deseje.


3 de outubro de 2014

#HortaemCasa - Maria Fernanda



Minha casa tem um quintal bem pequeno e bem irregular, com uma escada fixa que ocupa uma boa parte do espaço. Desde que a escada foi colocada, minha mãe aproveitou o espaço debaixo pra cultivar plantas e alguns temperos porque é um espaço que faz sombra e quando chove a água não cai direto em cima dos vasos empoçando tudo. Nós já tínhamos um vaso com pimenta, hortelã e salsa cultivadas de forma orgânica, as mudas foram compradas de produtores rurais na feira. Então, para esse projeto resolvi plantar mudas de cebolinha e sementes de pimenta biquinho.
Pra começar, peguei dois vasos pequenos, pois o problema do espaço é grande, em um vaso plantei as sementes de pimenta e no outro as mudas de cebolinha, à medida em que for crescendo vou passar pra vasos maiores.
 Pra se ter uma terra boa pra plantio, é bom deixa-la descansando com matéria orgânica, tipo casca de alimentos, assim a terra fica mais fértil! A terra que peguei é da horta da minha vizinha, então já tem matéria orgânica mais que disponível.
Coloquei o vaso cheio de terra até mais da metade, coloquei as sementes e as mudas e completei o nível da terra, foi bem simples e rápido. O resultado final da operação vocês veem abaixo nas fotos.
Dica: não deixe seu gato solto no quintal, ele vai querer acabar com as cebolinhas! 


Preparação do Plantio

Sementes de pimenta
Mudas de Cebolinha
Depois de plantadas

Tire o gato de perto! 

Cultivos que já tinha em casa

1 de outubro de 2014

Começando sua Horta



Cultivar uma horta orgânica, independente do tamanho e da variedade de alimentos plantados, é sempre bom. Bom para a saúde e o bem-estar da família, que irá ingerir alimentos mais saudáveis e livres e agrotóxicos, e também para o meio ambiente, que deixará de receber produtos químicos e ter seus recursos naturais, como solo e água, explorados de forma insustentável. Fazer uma horta em casa aumenta o seu contato com a natureza e economiza nas feiras e supermercados.
É preciso ficar atento e tomar alguns cuidados na hora de montar a sua horta. Elas podem ser feitas em todos os tipos de casa e apartamentos, só precisam ser adaptadas ao espaço e aos recursos disponíveis.

Para fazer sua horta você tem que saber:

  • O local da sua horta deve ser de fácil acesso, um lugar onde tenha luz natural e  água disponível de maneira fácil;
  • Escolha com cuidado o tipo de vegetal que você irá plantar. Cada espécie precisa de um tipo de tratamento e possui um ciclo de crescimento próprio. Segue tabela no anexo;
  • Se o espaço for pequeno, prefira os vasos, que ocupam menos espaço, só cuidado com o que vai plantar, o cultivo tem que ser pequeno assim como o espaço, um exemplo são os temperos.


Passo a passo:

1 - Escolha um vaso com furos;

2 - Encha um terço do vaso com brita ou pó de brita, para a drenagem;

3 - Coloque uma mistura de duas partes de terra, uma parte de composto orgânico e uma parte de húmus até a borda do vaso;

4 - Espalhe um pouco de areia;

5 - Plante as mudas;

E então? Animou? Vá à loja que vende material agrícola mais perto de você e comece já sua horta! 




Calendário de Plantio                  

Ano Todo
Abobrinha, acelga, agrião, alface, almeirão, berinjela, beterraba, cebolinhas, cenoura, chicória, couve manteiga, espinafre, feijão-vagem, jiló, milho, mostarda, pepino, rabanete, rúcula e salsa.

Janeiro
Alface, agrião, aipo, couve, rabanete, almeirão, nabo, beterraba, rúcula, chicória, espinafre, batata-doce, salsa e coentro em locais com clima ameno e chuvas leves. Em clima quente semear as culturas de ano todo.
   Fevereiro
Rabanete e alface, transplantar o que foi semeado em sementeira.

Março
Cenoura, almeirão, salsa, alho, e nas sementeiras alface, chicória, espinafre, salsão, couve-flor, brócolis e repolho. Deve-se estar atento para seleção de variedades uma vez que as culturas semeadas nesta época se desenvolverão em clima de inverno.

Abril
Agrião, almeirão, beterraba, nabo, salsa, alho, rúcula, chicória, salsão, semear na sementeira , chicória, salsão, couve-flor, brócolis e repolho de inverno, e espinafre.

Maio
Rabanete, cenoura, almeirão, nabo, beterraba, rúcula, salsa, chicória, salsão, espinafre, couve-flor, brócolis, e repolho de inverno.

Junho
Almeirão, cenoura, nabo, beterraba, rúcula, alho. Na sementeira chicória, agrião, couve-flor, brócolis e repolho de inverno.

Julho
Semear nos canteiros almeirão, rúcula, alho. Na sementeira semeia-se  alface, rabanete, chicória, beterraba.

Agosto
Começa-se a selecionar variedades de verão para as que podem ser plantadas o ano todo, de acordo com o clima local. Em sementeira plantar jiló, berinjela, pimenta, pimentão, tomate.

Setembro
Alface, rabanete, cenoura, couve-flor, brócolis. Continua plantio de jiló, berinjela, pimenta, pimentão, tomate e ainda abobrinha, feijão de vagem, pepino, maxixe, salsa e coentro.

Outubro
Cenoura, couve-flor, brócolis, repolho, pimentão, tomate, berinjela, jiló, abobrinha, feijão de vagem, pepino, maxixe, mandioquinha, salsa, batata-doce, coentro.

Novembro
Alface, rabanete, cenoura, brócolis, repolho, couve-flor, batata-doce, coentro.

Dezembro

Abobrinha, feijão de vagem, pepino, cenoura e repolho.