28 de outubro de 2014

Agrotóxicos e seus efeitos

  • Impactos ambientais
De maneira geral, os pesticidas são tóxicos, independentemente de qual composto é usado, sendo uns menos, e outros mais danosos à saúde humana e ao meio ambiente.
Um dos problemas mais comuns é a contaminação do solo, de lençóis freáticos e de rios e lagos. Quando o agrotóxico é utilizado, ele chega ao solo e a chuva, ou o próprio sistema de irrigação da plantação, facilita a chegada dos pesticidas aos corpos de água, poluindo-os e intoxicando toda vida lá presente.
Um bom exemplo de como esse tipo de produto tóxico funciona pode ser observado em inseticidas, como os organoclorados e organofosforados. Ambos são bioacumulativos, o que significa que o composto permanece no corpo do inseto ou de um peixe após sua morte. Se algum outro animal se alimentar de um ser contaminado, também ficará intoxicado, e assim sucessivamente, aumentando o alcance do problema.
O uso de pesticidas, inclusive, contribui com o empobrecimento do solo. Estudos mostram que a utilização de pesticidas reduz a eficiência da fixação de nitrogênio realizada por micro-organismos, o que faz com que o uso de fertilizantes seja cada vez mais necessário.
Os pesticidas também favorecem o surgimento de pragas progressivamente mais fortes, através de um processo de “seleção natural”, em que os animais mais resistentes aos agrotóxicos tomam o lugar das espécies mais suscetíveis. Esse processo também acaba garantindo a manutenção da produção de agrotóxicos.
Outros problemas que já foram percebidos por estudos são a diminuição do número de abelhas polinizadoras e a destruição do habitat de pássaros em ambientes onde pesticidas são utilizados.
  • Saúde humana
A saúde humana é afetada pelos agrotóxicos de três maneiras: durante sua fabricação, no momento da aplicação e ao consumir um produto contaminado. Independentemente da forma de contato, os efeitos são extremamente perigosos.
Problemas neurológicos, como o Mal de Alzheimer, estão associados à exposição a inseticidas organofosforados, assim como o desenvolvimento de transtorno do déficit de atenção com hiperatividade em crianças. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) considera esse composto como possível carcinogênico.
A EPA afirma que o efeito do pesticida depende do principio ativo nele presente. Os sintomas podem variar, desde irritação da pele, até problemas hormonais e o desenvolvimento de câncer.
Em 2007, pesquisadores descobriram, depois de realizarem um levantamento, que a maioria dos estudos revela a associação entre a exposição a agrotóxicos e o desenvolvimento de linfoma não-Hodgkin e leucemia.
Para as grávidas, o risco é dobrado. Pesquisadores apontam para as fortes evidências que ligam o contato com pesticidas a problemas durante a gestação, como a morte de fetos, defeitos de nascença, problemas de desenvolvimento neurológico, diminuição do tempo de gestação e pouco peso do bebê.
Estudos estimam que aproximadamente 25 milhões de trabalhadores agrícolas de países pobres sofram com algum tipo de intoxicação causada por exposição a agrotóxicos. Há diversas situações comprovadas como no caso de que duas grandes empresas multinacionais que firmaram acordo em 2013 para indenização da ordem de R$ 200 milhões envolvendo cerca de mil trabalhadores contaminados por substâncias cancerígenas, entre 1974 e 2002, numa fábrica de pesticidas em Paulínia, no interior de São Paulo.


27 de outubro de 2014

Benefícios da Alimentação Orgânica


O que alguns nutrientes encontrados em maior nível em alimentos orgânicos têm a nos oferecer? Como vimos, o alimento orgânico apresenta níveis superiores de cálcio em 63%; ferro em 73%; magnésio em 118%; molibdênio em 178%;  fósforo em 91%; potássio em 125% e zinco em 60%. Mas o que isso significa?

  • O cálcio possui funções importantes como atuar na formação estrutural dos ossos e dos dentes, além disso, ele atua juntamente com a vitamina K, nos sistema circulatório, auxiliando na coagulação do sangue. O cálcio também possui grande importância no estabelecimento do equilíbrio juntamente com o fósforo, ele age influenciando na ação do lab-fermento e coordena as ações do sódio e do potássio, na contração muscular do coração.
  • O ferro é um componente vital da hemoglobina, o pigmento vermelho do sangue que transporta oxigênio para as células e retira delas o dióxido de carbono, participando assim da produção e liberação de energia no corpo. Ele atua também na síntese de importantes moléculas orgânicas. Ele é essencial no processo de crescimento e desenvolvimento do organismo. Por isso, a manutenção das taxas normais de Ferro é fundamental para a sobrevivência e para o perfeito funcionamento do organismo humano.
  • O magnésio é um mineral essencial para o crescimento e desenvolvimento ósseo, utilizado na síntese de proteínas, no transporte de energia, contribui para o funcionamento de algumas enzimas essenciais (todas as que necessitam de vitamina B1), para o equilíbrio do cálcio, potássio e sódio, ajuda ao bom funcionamento celular, necessário para a atividade hormonal e em mais de 300 reações químicas que ocorrem diariamente no organismo.
  • O molibdênio é um mineral que se faz presente em pequenas quantidades no organismo humano, é importante a presença desse nutriente porque ele participa de reações como cofator de enzimas. Por exemplo, é necessária a presença de molibdênio para oxidar o enxofre que é um componente de proteínas.
  • O fósforo é outro elemento químico muito importante em nosso organismo: nossas células podem armazenar ou mesmo transportar energia na forma de um composto de fósforo (no caso a adenosina trifosfato – ATP). O fósforo possui também importante papel na constituição da membrana celular, uma vez que participa da composição dos fosfolipídios. O fósforo participa também da formação dos ossos e dentes (onde se encontra a maior parte do fósforo em nosso corpo, combinado com o cálcio lá presente), bem como das contrações musculares.
  • O potássio tem um papel importante para o relaxamento muscular, para a secreção de insulina através do pâncreas e para conservação do equilíbrio ácido/base. Em caso de carências, a falta de potássio pode causar problemas de ritmo cardíaco e debilidade muscular.
  • O zinco atua na síntese das proteínas, melhora a imunidade, o olfato, o paladar e atua junto com o cobre no papel antioxidante e nas cicatrizações. A carência de zinco abre espaço para infecções. Mais de 70 enzimas necessitam do zinco para seu funcionamento, em especial as do sistema imunológico. O zinco atua também no metabolismo dos carboidratos.



24 de outubro de 2014

É possível ter uma agricultura orgânica em casa?



Como vocês já devem saber, um dos objetivos do nosso projeto é obter a resposta sobre essa questão! Desde que começamos a pesquisar sobre o assunto, a resposta dessa pergunta foi o foco da nossa pesquisa, afinal, é possível ter uma agricultura orgânica em casa?
A melhor forma de obtermos a resposta dessa pergunta é colocando a mão na massa, então, desde o começo do trabalho propusemos a cada integrante cultivar sua própria horta, de modo que tenhamos conhecimento de causa do assunto.
Então, eis a conclusão que chegamos: “É possível ter um cultivo em casa o mais orgânico possível”, afinal, tem alguns fatores que interferem pra uma resposta 100% positiva, são eles:

  • Ao se adquirir a terra, é difícil saber se foi usado algum tipo de composto químico para aumentar sua fertilidade ou não. O que alguns de nós fizemos foi pegar a terra em hortas de amigos e conhecidos que não usam da adubação química, para garantir a naturalidade nessa fase do processo;
  • Na adubação orgânica, usa-se muito, casca de alimentos e borro de café, e como a maioria dos produtos no mercado não são orgânicos, essa adubação não é 100% natural como deveria ser;
  • Pra plantar, é difícil saber se a semente é orgânica ou não, ao retirar a semente de alimentos que compramos dificilmente esse alimento será orgânico;
  • As mudas seguem a mesma linha de raciocínio, a menos que sejam retiradas de hortas já orgânicas, não é possível garantir que não tem resíduos químicos nelas;
  • Quanto ao crescimento das plantas, é possível sim manter o desenvolvimento do alimento dentro dos parâmetros organicamente corretos, afinal, não usamos nenhum tipo de fertilizante e agrotóxico químico e as plantas estão brotando. O crescimento é mais lento, mas a recompensa é que teremos um alimento mais saudável em nossas mesas.





23 de outubro de 2014

Vídeo Projeto + Alguns outros posts






Gente, esse é o vídeo final do nosso projeto "Movimento sem-Horta". Um agradecimento especial aos pais Edson de Moraes Furtado e Paulo Cezar Justino pela colaboração e apoio ao nosso projeto!
Bom, é isso aí, esperem que gostem. Curtam o vídeo no youtube, comentem, façam críticas, enfim, ajudem a divulgar a ideia.
Uma vida mais saudável pode estar ao alcance de todos nós! 
Dando continuidade ao assunto desse post, nos próximos dias ainda terão algumas publicações aqui no blog, devido às provas, falta de tempo e imprevistos gerais ficaram faltando alguns assuntos, então continuem acessando.


22 de outubro de 2014

#HortaemCasa - Paulo Henrique


Essa horta é cultivada há mais de 15 anos e sempre tivemos a preocupação de que fosse uma horta orgânica. Numa horta com tanto tempo de cultivo, a terra vai perdendo seus nutrientes, portanto, sempre que é necessário temos que trocar a terra “velha” por uma com mais nutrientes e adubar a terra com adubo orgânico pelo menos uma vez ao ano.
Para o adubo, costumo usar capim seco, pois mantém a terra sempre úmida e se exposta ao sol, somente o capim resseca, deixando a terra sempre úmida e garantindo que a sua horta só precise de água uma vez por semana em horários em que o sol não está tão forte.
A horta tem vários cultivos diferentes, e na medida em que vão crescendo, é necessário plantar outras mudas, lembrando que sempre que fizer isso tem que adubar a terra. As mudas da nova plantação podem ser tiradas da própria planta “velha”, o que gera uma economia.